Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- Os professores da rede municipal de ensino se unirão em assembleia às 14h, nos Arcos da Lapa, para decidir se continuam em greve por melhores condições de trabalho. Apesar da Procuradoria-Geral do Município ter determinado, ontem (2), o fim da paralisação em até 48 horas, definindo como punição uma multa de R$ 200 mil por dia de desobediência, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) não deve defender o fim do movimento na assembleia.
"Não vamos aconselhar os professores a parar ou não com a greve, vamos apresentar as informações a eles e esse será um dos temas que vamos discutir. Se eles avaliarem que já temos conquistas importantes, vamos parar. Infelizmente, esse desembargador tomou essa medida na contramão do que outros desembargadores já tinham feito", disse uma das coordenadoras do sindicato, Marta Moraes.
O desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu a liminar em favor do município do Rio determinando a suspensão da greve. Em caso de multa, o valor será destinado ao Fundo Municipal da Educação.
De acordo com o sindicato, até ontem, a adesão dos professores à greve era de mais de 60% em todas as regiões da cidade, atingindo uma média de 80%. Os números de hoje devem ser divulgados na assembleia.
As reivindicações da categoria são o reajuste salarial de 19% e a inclusão do sindicato no grupo de trabalho que definirá o plano de carreira dos professores do município. Os profissionais também pedem que os funcionários administrativos das escolas tenham direito aos 6% de reajuste que outros servidores receberam em abril.
Na edição de sexta-feira do Diário Oficial, a prefeitura publicou atos que foram acordados com o Sepe. Entre eles estão a climatização, até o fim do ano, de mais 130 escolas; a criação do grupo de trabalho para definir um terço da carga horária; e a adoção de cadernos pedagógicos consultando, previamente, os docentes. A Secretaria Municipal de Educação foi procurada para informar a situação do calendário escolar devido a greve e se posicionar sobre as reivindicações, mas não respondeu antes do fechamento da matéria
Edição: Marcos Chagas
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