Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, reiterou hoje (3) que o governo federal está preparado para enfrentar as dificuldades do mercado financeiro internacional, que, entre outros pontos, têm se traduzido na volatilidade do câmbio e no receio de queda nos investimentos estrangeiros no Brasil.
Arno participa de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para debater a política fiscal e o financiamento de estados e municípios. Um exemplo é “a dívida externa, que caiu bastante”, segundo ele. “Hoje somos credores. Temos reservas maiores do que o valor da dívida. Temos mais de US$ 370 bilhões em reservas”, completou.
Arno apresentou ainda os últimos números da economia brasileira, como o crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Esse resultado da economia brasileira representa o esforço e uma série de políticas adotadas pelo governo. Esforço para prover recursos de infraestrutura.”
Sobre as despesas do governo federal, Augustin defendeu que o déficit das contas públicas está em “franca queda”. Para ele, essa é uma tendência, não só da Previdência Social, mas dos gastos com pessoal, que, está em equilíbrio.
“Temos dado reajustes, contratado servidores, mesmo assim a tendência é de queda. Dívida líquida caiu de mais de 60% para 31,4%. As reservas estão em patamares positivos, mesmo em uma situação de volatilidade internacional. Nossa dívida líquida bruta está equilibrada, com melhoria fiscal”, disse. Para o secretário, esses são fundamentos econômicos que dão confiança a investidores internos e externos.
Outro dado considerado importante por Arno Agustin é a redução da dívida líquida dos estados. Segundo ele, os números têm melhorado significativamente. Pelos números apresentados, a dívida do setor que era de 17,5% do PIB, em 2002, passou para 9,9%. No caso dos municípios, a redução no período passou de 2,4% para 1,8%. “Não é tão forte, mas é significativa à medida que o endividamento é baixo”, avaliou.
Sobre a posição do governo federal de se empenhar para avalizar os empréstimos externos de estados e municípios, Arno lembrou que o objetivo maior é permitir que, com a garantia, haja redução maior das taxas de juros e, assim, sobrar recursos para os investimentos. “Esse é o motivo principal que damos garantias aos entes federados. São financiamento de médio e longo prazo e, quanto menor a taxa, melhor a capacidade de investimento para estados e municípios”, disse.
De forma geral, Arno Agustin, disse que os patamares de juros para investimentos têm sido bem menores do que há tempos e que isso é um fator significativo para a economia brasileira.
Edição: Talita Cavalcante
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