Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deverá instalar, até o fim do ano que vem, 2,8 mil pluviômetros para monitorar a chuva em locais próximos a áreas de risco de desastres naturais. Até o fim deste ano, serão instalados cerca de mil pluviômetros.
Grande parte dos equipamentos será instalada em antenas de celulares e os dados serão transmitidos diretamente para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que repassa os dados à Defesa Civil para que a população seja alertada para o risco de desabamentos ou enchentes.
O MCTI firmou hoje (28) um acordo com a empresa de telefonia TIM que vai possibilitar a instalação dos pluviômetros nas antenas. A operadora também vai fornecer os chips para que os dados sejam enviados ao Cemaden. A instalação e manutenção dos equipamentos serão de responsabilidade dos técnicos do centro.
Em áreas de risco onde não há antenas disponíveis para a instalação dos pluviômetros, os equipamentos serão instalados em escolas, postos de saúde ou agências bancárias. O governo investirá R$ 50 milhões na aquisição e instalação das 2,8 mil antenas.
Na primeira fase, a expectativa do governo é instalar pluviômetros em cerca de 200 antenas da TIM. Algumas delas já foram aprovadas para a instalação nos estados do Ceará, de Pernambuco, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
“Isso vai permitir ao Brasil ter, em poucos anos, uma capacidade de resposta em desastres naturais como não tinha no passado”, disse o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre.
Outro projeto que começará a ser testado pelo ministério, em parceria com a TIM, é o que prevê o uso das antenas de celulares para medir o volume de chuvas que cai em uma região. “Pela diminuição do sinal entre duas torres, você consegue inferir a chuva que está caindo entre elas”, explicou Nobre. A nova tecnologia, chamada de pluviômetros virtuais, será desenvolvida em parceria com o Planetary Skin Institut (PSI), uma organização global de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos.
Edição: Nádia Franco
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