Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A falta de recursos para tocar projetos de desenvolvimento de políticas públicas para a cultura afrodescendente foi destacada hoje (22) pelo presidente da Fundação Palmares, Hilton Cobra, durante evento comemorativo dos 25 anos da entidade. “Visibilidade e riqueza absoluta dessas culturas nós temos. Mas o que nós precisamos é de uma coisa muito simples, dinheiro. E aí podemos fazer um apanhado dessas políticas públicas e ver o que pode ser feito de forma rigorosa e responsável”, disse.
Hilton Cobra comemorou a iniciativa da construção de um museu da cultura negra, conforme anunciado em abril pela ministra da Cultura, Marta Suplicy. Para ele, é importante um museu como esse, na capital do país, a título de reconhecimento da cultura negra pelo governo.
Nesta quinta feira, a entidade reuniu, em Brasília, alguns de seus ex-presidentes para um debate sobre a fundação. Cada um narrou suas experiências no comando da entidade. Carlos Moura, primeiro presidente, destacou a força de vontade para continuar lutando pela cultura afrodescendente e contra o racismo.
“Se não fossem nossas tradições, a nossa vontade de construir dentro da administração pública federal uma entidade que pudesse lutar pela preservação dos nossos valores, nós não estaríamos aqui neste momento”, disse. Muito aplaudido, Moura ainda sugeriu políticas voltadas para a criação de delegacias especializadas no combate ao racismo, além da capacitação de professores no ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, conforme prega a Lei 10.639/03.
As celebrações do aniversário da Fundação Palmares continuam em várias capitais: Brasília, São Paulo, Recife, Salvador, São Luis, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Cuiabá, Alagoas e Vitória receberão eventos culturais e debates sobre a cultura negra. Maiores informações podem ser encontradas no endereço: http://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/Palmares-25-Anos_Programa%C3%A7%C3%A3o1.pdf.
Edição: Aécio Amado
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