Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após a prisão do principal líder da Irmandade Muçulmana, o movimento nomeou hoje (20) Mahmud Ezat como novo guia espiritual da organização. Mohamed Badia foi detido por militares, no Cairo, capital egípcia, após uma série de confrontos entre manifestantes e policiais na cidade. O presidente deposto Mohamed Mursi é apoiado pelo braço político da Irmandade Muçulmana.
Badia foi preso em um apartamento, perto da Praça Rabaa Al Adawiya, onde simpatizantes de Mursi entraram em confronto com policiais. Na operação de detenção participaram unidades especiais das forças de segurança, além da polícia, que ocuparam a zona e impediram o acesso ao prédio.
Em três dias, cerca de 750 pessoas morreram em confrontos no Egito, incluindo um dos filhos de Mohamed Badia, que foi atingido por tiro na cabeça, disparado pela polícia e morreu. A comunidade internacional, incluindo o Brasil, condena a onda de violência no Egito e cobra o fim do impasse envolvendo militares e manifestantes.
De acordo com as normas internas da Irmandade Muçulmana, em caso de ausência, doença ou em qualquer emergência, o número dois da organização substitui o líder. Foi o caso da nomeação de Ezat. Ontem (19) a Irmandade Muçulmana denunciou a detenção de pelo menos 400 dirigentes durante o fim de semana e acusou as autoridades de terem torturado até a morte 36 detidos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Denise Griesinger