Leandra Felipe
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá – O Exército da Libertação Nacional (ELN) anunciou hoje (19) que nos próximos dias libertará o canadense Jernoc Wober. Em comunicado, o grupo pediu a intervenção do Comitê da Cruz Vermelha Internacional na libertação.
Wober é vice-presidente de explorações da empresa mineradora Braewal Mining Corporation. Foi capturado por guerrilheiros do ELN no dia 18 de janeiro, ao sul do departamento de Bolívar. A libertação do canadense é uma exigência do presidente Juan Manuel Santos, para seja iniciada negociação pelo fim do conflito com o grupo.
“Solicitamos que a Cruz Vermelha faça gestão com o governo Santos, para conseguir um protocolo que garanta o bom resultado da operação de liberação”, diz o comunicado, assinado pela Serrania San Lucas, da Direção da Frente Darío Ramírez Castro. A guerrilha solicitou também o acompanhamento do arcebispo de Cali, Darío Molsalve, e do padre Francisco De Roux, superior da comunidade Jesuíta da Colômbia.
O presidente colombiano afirmou em diversas ocasiões que para iniciar diálogos com o ELN, a guerrilha deveria libertar todos os cativos, inclusive o canadense. Em fevereiro, o grupo libertou seis trabalhadores de uma companhia de mineração do Canadá, mas Wobert foi mantido refém.
Na época, a guerrilha condicionou a libertação do estrangeiro a que a multinacional Braewal encerrasse suas atividades no Norte da Colômbia. Recentemente, a empresa anunciou a devolução de quatro permissões para exploração. Mas a guerrilha pediu a entrega de todos os títulos para a exploração no país.
De acordo com informações dos serviços de inteligência do governo colombiano, divulgadas pelo jornal diário El Tiempo, Wober tem uma grave enfermidade que não lhe permite longas caminhadas. A saúde do canadense pode ter piorado devido às condições do cativeiro. Algumas missões humanitárias informaram que conseguiram fazer chegar até Wober medicamentos de que ele precisa.
Com informações da TV Multiestatal Telesur
Edição: Beto Coura
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