Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil*
Brasília - O Egito vai rever a ajuda internacional que recebe, disse hoje (18) o ministro das Relações Exteriores do país, Nabil Fahmi. O ministro disse que a ajuda estrangeira não deve implicar uma intervenção nos assuntos internos egípcios. Segundo Fahmi, o que acontece atualmente "é mais importante do que pensar na ajuda externa".
Os conflitos no Egito começaram desde a deposição do presidente Mohamed Mursi, primeiro líder eleito democraticamente após a queda do regime ditatorial de Hosni Mubarak. Mursi foi retirado do posto no mês passado pelo Exército, que instituiu um governo interino. A Irmandade Muçulmana, partido do presidente deposto, pede seu retorno imediato ao poder. Os confrontos entre os apoiadores de Mursi e as forças de segurança já deixaram mais de 750 mortos.
O Egito vem recebendo críticas internacionais pelo que outros países consideram uso desproporcional da força contra a população. Apesar de publicamente terem repudiado os atos de violência, os Estados Unidos ainda não sinalizaram uma retirada da ajuda financeira concedida ao país. O Egito é o principal aliado norte-americano contra o terrorismo na região. O estado de emergência e o toque de recolher noturno continuam em vigor no país africano.
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Davi Oliveira
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