Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Sem revelar se o novo governo paraguaio pretende retornar ao Mercosul e à União de Nações Sul-Americanas (Unasul) com o fim da suspensão no dia 15, o futuro ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, disse que apostará no aprofundamento das discussões dos temas bilaterais com os países vizinhos. Segundo ele, o diálogo deve predominar sempre.
Porém, nos últimos dias, o novo presidente do Paraguai, Horacio Cartes, endureceu o discurso, indicando que o processo de retorno ao Mercosul e à Unasul não será simples nem automático. Para os paraguaios, a suspensão é interpretada como irregular.
Loizaga, designado ministro das Relações Exteriores pelo presidente eleito Horacio Cartes, disse que o objetivo do novo governo é manter o juramento de respeito à cidadania. “Na diplomacia, o último que se perde é o diálogo, mesmo quando acaba a saliva, é preciso seguir tentando dialogar. Em um mundo civilizado, hoje em dia é o que deve predominar”, ressaltou.
Para o futuro chanceler, a presença dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai), Sebastián Piñera (Chile), Ollanta Humala (Peru) e Ma Ying-jeou (Taiwan) é a demonstração de confiança no processo democrático paraguaio que seguirá avançando.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da Unasul em junho de 2012, após a destituição do poder do então presidente Fernando Lugo. A suspensão foi definida, pois os líderes concluíram que o processo de impeachment de Lugo não seguiu os preceitos legais. Mas as autoridades paraguaias negam irregularidades no processo.
“Depois do dia 15 vamos seguir conversando sobre o tema do Mercosul e sabemos que a sanção imposta ao Paraguai foi injusta”, disse Loizaga.
*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay.
Edição: Graça Adjuto