Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, está aguardando o laudo da polícia técnica sobre o rompimento de uma adutora da companhia no bairro de Campo Grande, no mês passado, para decidir se entrará na Justiça pedindo ressarcimento da companhia pelo pagamento de indenização às vítimas do acidente e compra de eletrodomésticos, móveis e utensílios destruídos pela força da água. O acidente deixou 230 desabrigados e matou a menina Isabela Severo da Silva, de 3 anos,
Segundo a delegada Tatiane Damaris, responsável pelo inquérito, a principal suspeita é que uma obra de construção da fábrica de bebidas Guaracamp, feita pela empresa de engenharia R&G Projeto, tenha causado o acidente. De acordo com a polícia, máquinas pesadas passavam pelo terreno e o entulho era depositado em cima da adutora.
Victer lembrou que a área é uma faixa de proteção, que não poderia ter qualquer intervenção de obras. "A Cedae tem um sistema que fiscaliza, que acompanha, e inclusive as faixas são demarcadas para que isso não aconteça. A própria polícia já está apresentando o laudo das razões que levaram ao rompimento. Eu espero a polícia, através da sua perícia técnica. Eu não quero nunca adiantar o laudo da polícia, mas todas as evidências mostradas, já publicadas, indicam isso”, explicou Victer.
Ele falou também sobre as providências da Cedae para atendimento das famílias que ficaram desabrigadas. “Praticamente mais de 50% das famílias afetadas já foram à loja de utilidades para escolher os eletrodomésticos. Já compramos e, na próxima semana, elas começam a receber os novos utensílios." De acordo com Victer, as famílias desabrigadas estão em hotel, e está em negociação inclusive o aluguel de casas." Victer anunciou também a reconstrução dos imóveis condenados pela Defesa Civil. "Vamos buscar um lugar mais adequado, de acordo com cada família.”
Edição: Nádia Franco
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