Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um manifestante foi detido no início da tarde de hoje (6) em frente à Escola de Guerra Naval, onde ocorria a solenidade de assinatura dos primeiros contratos da 11ª Rodada de Licitações para produção de petróleo e gás natural. O homem foi preso e levado à 10ª Delegacia, acusado de agredir uma pessoa com uma caixa de ovos, e de não de acatar ordens dos policiais militares que o detiveram.
Os petroleiros que levaram faixas e usaram um megafone para criticar o leilão afirmaram que houve troca de insultos entre o manifestante e a suposta vítima, que ainda o teria agredido fisicamente. No momento da prisão, houve bate-boca entre policiais e manifestantes, que tentavam impedir que o homem fosse levado para a delegacia.
O caso foi registrado no início desta tarde, e o manifestante será autuado por lesão corporal e desobediência. A suposta vítima fará um exame de corpo de delito. O caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
O secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Emanuel Cancela, afirmou que os ativistas continuarão protestando contra os leilões de petróleo, principalmente contra o do Campo de Libra, do pré-sal, que ele chamou de "maior entreguismo de todos". "Vamos criar todas as dificuldades políticas, jurídicas e institucionais para barrar a entrega desse nosso patrimônio maior que é o petróleo", disse.
Quando foi iniciada a assinatura dos primeiros contratos, o diretor do sindicato Francisco Sorriano questionou a legalidade do processo, afirmando que o leilão deveria ser anulado por, segundo ele, não haver resposta da Justiça sobre sua legitimidade. Magda Chambriand, diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), disse que o sindicato foi convidado a participar da cerimônia como uma prática democrática.
Edição: Beto Coura
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