Decisão sobre futuro do Estádio de Atletismo Célio de Barros fica para sexta-feira

31/07/2013 - 21h34

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Depois de quase três horas de reunião entre o governador Sérgio Cabral e o presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta, a decisão sobre a demolição ou não do Estádio de Atletismo Célio de Barros, no entorno do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, ficou para sexta-feira (2). Uma nova reunião foi marcada, com a presença do prefeito Eduardo Paes e de outros segmentos envolvidos na questão.

De acordo com Lancetta, o governador foi receptivo às propostas e preocupações da entidade e retomou o diálogo para chegar a uma solução. “O governador foi sensível às nossas inquietudes, nós analisamos todas as possibilidades e com certeza, na sexta-feira, a gente vai ter uma solução bastante interessante para o atletismo, para o entretenimento e para o próprio governo, porque a população vai ser bastante beneficiada com todas as medidas que serão tomadas a partir desta reunião de sexta-feira”.

Muito emocionado, Lancetta relatou que o campeão olímpico Joaquim Cruz mandou uma carta ao governador, contando a própria história com o estádio de atletismo e pedindo que o local seja preservado. “Hoje tive a oportunidade de entregar uma carta do Joaquim Cruz ao governador, na qual diz que o único recorde mundial quebrado em solo brasileiro foi no Célio de Barros. Por ele, em 1981, nos 800 metros”, disse.

De acordo com o secretário estadual de Esporte e Lazer, André Lazaroni, as manifestações que ocorrem há mais de um mês no país fizeram os políticos e os governos repensarem suas decisões e reabrirem o diálogo com a sociedade.

“Esse contato foi interrompido pela forma com que o nosso governo vem se posicionando, o governador já chegou a essa conclusão: restabelecer o contato com a sociedade. E as manifestações trouxeram a todos os políticos, nos trouxeram de volta para a população, de uma forma geral. A verdade é essa, nós estamos voltando, há um retorno do diálogo”, declarou.

O projeto de concessão do Maracanã previa a derrubada do Célio de Barros, da Escola Municipal Friedenreich, do prédio do antigo Museu do Índio e do Parque Aquático Júlio de Lamare. Na segunda-feira (29), Sérgio Cabral anunciou a decisão de manter o parque aquático.

 

Edição: Aécio Amado

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