Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse hoje (24) que, apesar dos temores de desaceleração da economia, o setor está otimista com relação às vendas de carros em 2013. “A Anfavea não está na onda de mau humor vigente”, declarou. Segundo ele, os números computados pela entidade em julho apontam que as vendas de veículos no fechamento do mês podem superar a média mensal de 300 mil unidades do primeiro semestre.
De acordo com dados da Anfavea, nos primeiros seis meses deste ano 1,85 milhão de carros foram emplacados. O número superou o recorde do primeiro semestre de 2011, que teve 1,73 milhão de emplacamentos. Na contramão dos resultados da indústria doméstica, a Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) divulgou esta semana que as importações de veículos caíram 23% de janeiro a junho de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado. Os carros importados estão sendo impactados pela valorização do dólar, que tem fechado na casa dos R$ 2,20.
Moan deu as declarações em visita ao Ministério da Fazenda para reunião com o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. Segundo o presidente da Anfavea, o encontro foi para discutir ajustes na regulamentação do Inovar-Auto, programa do governo que concede créditos para serem abatidos no pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mediante ações da indústria como o investimento em pesquisa e na fabricação de carros menos poluentes.
De acordo com o presidente da Anfavea, há necessidade de definir a forma de contabilização dos créditos para investimentos na área de pesquisa e tecnologia. “Estamos propondo a apropriação do crédito de IPI com dois meses de defasagem. No próprio mês, não dá para saber com exatidão qual foi o valor do investimento [em pesquisa]”, disse. De acordo com ele, desde que o Inovar-Auto entrou em vigor, o setor vem enviando o relatório dos investimentos nesse prazo de dois meses sem ter um arcabouço legal que respalde a prática. Segundo o empresário o governo foi receptivo à sugestão. “O programa [Inovar-Auto] está funcionando desde janeiro, com algumas regulamentações faltando”, ressaltou Luiz Moan.
Edição: Juliana Andrade
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