Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Prêmio Nobel da Paz de 1993 e ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, de 94 anos, completa hoje (8) um mês de internação em Pretória, no Medi-Clinic Heart Hospital. Mandela foi hospitalizado em julho após ter agravada uma infecção pulmonar. As informações mais recentes indicam que ele se mantém em estado crítico e estável. Do lado de fora do hospital, uma multidão aguarda por informações sobre Madiba - cujo significado é Conciliador - com homenagens, depositando flores e mensagens.
No último dia 4, Graça Machel, mulher do ex-presidente da África do Sul, disse que o marido estava “bem, embora às vezes sinta dores”. “Madiba às vezes sente-se desconfortável com dor, mas está bem”, disse Graça Machel, que durante cerimônia pública em homenagem a Mandela destacou “o amor eterno de Madiba pelas crianças”.
“As demonstrações de amor, de caridade, de apoio e de esperança são tomadas nos nossos corações todos os dias”, ressaltou Mandela, primeiro presidente negro de África do Sul, Prêmio Nobel da Paz em 1993 e que passou 27 anos na prisão por lutar contra o apartheid, regime de segregação racial na África do Sul.
Paralelamente, a família de Mandela diverge sobre o local onde ele deve ser sepultado. Há queixas na Justiça de alguns parentes de Mandela contra seu neto Mandla, que é acusado de tentar controlar as decisões. Graça Machel também assina a queixa contra o neto do ex-presidente. Mandela indicou para a família que quer ser enterrado no jazigo familiar de Qunu.
A tradição da etnia Xhosa, da qual Mandela decende, orienta que o morto seja enterrado com os parentes mais próximos, como pais e filhos. No jazigo, que o ex-presidente quer ser enterrado, estão o pai de Mandela e alguns parentes, menos três filhos que foram sepultados em outro local por determinação do neto Mandla.
Os três corpos foram enterrados em 2011 em Mvezo, o local de nascimento de Mandela, e onde Mandla quer construir um memorial que fará concorrência ao Museu Mandela de Qunu. Deputado federal desde 2009 e chefe tradicional de Mvezo, Mandla, de 39 anos, é alvo de controvérsias na família Mandela.
Edição: Marcos Chagas
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