Gilberto Costa*
Enviado especial da Agência Brasil/EBC
Leipzig (Alemanha) – Em 2015, um ano após a Copa do Mundo de 2014 e antes dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o Brasil será palco do principal torneio de educação profissional que ocorre no mundo: a WorldSkills Competition. A sede da 43ª edição do evento, considerado “olimpíada do conhecimento” da educação profissional, será a cidade de São Paulo
Durante os dias 11 e 16 de agosto de 2015, milhares de pessoas deverão passar pelo Pavilhão do Anhembi para ver competidores de mais de 70 países. O torneio que ocorre neste momento na cidade de Leipzig (Leste da Alemanha) mobiliza 1.008 competidores de 53 países e atrai a visita de cerca de 200 mil pessoas à cidade.
Para edição brasileira, é esperada a presença de 1,2 mil concorrentes. Além dos países participantes tradicionais, haverá mais representantes latino-americanos e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) será responsável pela promoção do evento.
Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai, avalia que o evento ajudará a promover a educação profissional no Brasil. Menos de 7% dos brasileiros jovens (18 a 25 anos) optam por ter uma formação profissionalizante. A média dos 34 países que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) chega a 35%. Na Coreia do Sul e na França, a proporção é 41%; na Alemanha, 52%; e no Japão, 55%.
A realização da WorldSkills Competition no Brasil terá de mobilizar R$ 150 milhões de patrocínio de empresas privadas. Lucchesi não descarta o apoio oficial. “Se o governo vier, será bem-vindo”.
Em São Paulo, o Senai pretende que os brasileiros disputem provas nas 46 modalidades de ocupações. No torneio, em Leipzig, os brasileiros concorrem em 37 modalidades.
Desde 1983, o Brasil já participou de 15 edições, e acumula 132 premiações. Desde 2007, o país disputa as melhores posições. Na última edição da WorldSkills Competition, em Londres (2011), o Brasil ficou em 2º lugar (atrás da Coreia do Sul).
* O repórter viajou a convite da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Edição: Carolina Pimentel
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