Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Brasília - De janeiro a julho deste ano, 66.849 pessoas tiveram diarreia no estado de Alagoas, um aumento de 77% no número de casos em relação ao mesmo período de 2012, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) do governo alagoano. A recomendação da secretaria é que a população sem acesso à água tratada deve usar hipoclorito de sódio (água sanitária) para tornar a água potável.
Em audiência pública que ocorreu ontem (4) na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, informou que, em menos de dois meses, 37 pessoas morreram de diarreia em Alagoas. Dos 102 municípios do estado, 25 estão passando por uma epidemia e 46 estão em situação de alerta.
De acordo com informação do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, uma das causas do grande número de pessoas com diarreia é a distribuição de água sem tratamento por carros-pipa no interior do estado. Segundo nota técnica do órgão, “os carros-pipa estão captando água bruta e não estão realizando nenhum tipo de tratamento, antes de disponibilizá-la para a população, o que causa alto risco à saúde”.
Depois de analisar a qualidade da água encontrada nas chamadas fontes alternativas utilizadas pela população no interior de Alagoas, o que inclui locais de armazenamento de água trazida por carros-pipa, a Sesau confirmou que as amostras apresentavam "alterações".
A Sesau também está recomendando que a população reforce os cuidados com higiene pessoal e dos alimentos, além de fazer o tratamento caseiro da água. No mês passado, o Ministério da Saúde enviou 375 mil garrafas de água sanitária ao estado para que sejam distribuída entre os municípios. De acordo com orientação do Portal da Saúde, do governo federal, a água está pronta para o consumo 15 minutos após receber duas gotas do produto.
Edição: Davi Oliveira
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