Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio autuou 66 pessoas, 22 deles menores, desde o início das manifestações na cidade, no dia 17, a grande maioria por depredações ao patrimônio público e privado. As investigações estão concentradas na 5ª Delegacia de Polícia, no centro, e resultaram no pedido de oito prisões temporárias. A Justiça concedeu uma.
O titular da 5ª Delegacia de Polícia, delegado Alcides Pereira, explicou que é difícil, mesmo que existam imagens comprovando os delitos, de individualizar a culpa. “O serviço da Polícia Civil está sendo feito com cautela, observando a legislação vigente. Existe uma certa dificuldade, por se tratarem de pessoas ocultadas entre os manifestantes, que ali procuram criar tumultos e até mesmo praticar outros crimes, como furtos.”
De acordo com a Polícia Civil, cinco dos oito mandados de prisão pedidos à Justiça eram de homens flagrados por imagens na manifestação que resultou na depredação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Apesar das evidências, a polícia não conseguiu a expedição de mandados de prisão para a grande maioria.
“É uma questão de entendimento da Justiça quanto a elementos que permitam a individualização mais precisa da pessoa que está na imagem, como o nome ou o apelido.” O delegado informou que atualmente os próprios manifestantes estão fazendo questão de identificar e apontar à polícia os vândalos, pois não têm interesse que o movimento do qual fazem parte acabe deturpado por ações violentas.
Edição: Fábio Massalli
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