Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em Brasília, cerca de 1,5 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), estão posicionados em frente ao Congresso Nacional. Os protestos continuam apesar dos pactos anunciados pela presidenta Dilma Rousseff, da derrubada pela Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, chamada PEC 37 e da aprovação dos royalties para educação pela mesma casa. O protesto segue pacífico e sem ocorrências policiais até o momento.
São vários os protestos agendados para hoje (26), um deles, o Dia do Basta, que ocorre simultaneamente em outras cidades brasileiras. Para a estudante Amanda Caetano, uma das coordenadoras do Dia do Basta no Distrito Federal, o movimento está fortalecido com as conquistas. "A sociedade civil começa a perceber a importância e a força de ir para a rua e enfrentar o Estado".
A pauta defendida na passeata de hoje pelo movimento é o fim do voto secreto no Parlamento, a saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Congresso e a derrubada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 33, que tira do Supremo Tribunal Federal a última palavra sobre a constitucionalidade das leis editadas pelo Congresso.
A Marcha do Vinagre é um dos movimentos que adere ao Dia do Basta. Os coordenadores da marcha e outros movimentos se reuniram nesta tarde com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Presente na reunião, Antônio de Almeida Júnior, um dos organizadores da Marcha do Vinagre, disse que o presidente ressaltou o que foi feito até agora pela casa e disse que se esforçará para atender às outras demandas.
"Ele [Henrique Alves] disse vai fazer um esforço para derrubar o projeto da 'cura gay' e para tentar tirar Feliciano [deputado Marco Feliciano (PSC-SP)] da Comissão de Direitos Humanos. Disse também que apoia o movimento pelo fim do foro privilegiado, do voto secreto e apoia a reforma política".
O estudante disse que em agosto deve haver outra reunião para que sejam discutidos os avanços nessas pautas. Os organizadores seguem agora para reunião no Senado Federal e depois para a manifestação. A expectativa é que depois do jogo da Copa das Confederações, que ocorre nesta tarde, mais pessoas se juntem aos protestos. A estimativa inicial era 50 mil pessoas. A PMDF tem 4 mil policiais preparados para ir ao local caso seja necessário.
Edição: Fábio Massalli
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