Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A multidão de manifestantes que cercava a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foi dispersada, por volta das 23h30, pela Tropa de Choque da Polícia Militar, que usou diversas bombas de gás lacrimogêneo e cães treinados. Diversos jovens estão sendo presos em um micro-ônibus estacionado em frente à Alerj.
Antes da chegada dos policiais, o prédio histórico da Alerj foi invadido por manifestantes, que entraram por uma janela lateral, mas eles não conseguiram abrir as pesadas portas de aço fundido que dão acesso ao interior do prédio. Fogueiras foram ateadas nas portas laterais e um carro foi incendiado nos fundos da Assembleia Legislativa.
Praticamente todas as janelas da Alerj foram quebradas a pedradas e as luminárias em frente, em estilo antigo, também foram estilhaçadas. Nas ruas das imediações, principalmente a Rua São José e a Rua da Assembleia, quase todas as vidraças foram quebradas. As agências bancárias da região foram invadidas e os móveis e equipamentos foram arrancados e levados para o meio da rua, onde foram incendiados. Caixas eletrônicos também foram depredados.
Um manifestante que foi socorrido no local e levado para o hospital, inicialmente com a suspeita de ter levado um tiro, posteriormente constatou-se que ele foi atingido por um estilhaço de vidro, que provocou um grande sangramento em seu braço direito.
Nas ruas do centro, nas quadras entre as avenidas Rio Branco e Primeiro de Março, o cenário é destruição e muita desordem. Estilhaços de vidro nas calçadas, restos de fogueiras pelo meio da rua e lixo espalhado podem ser vistos em todos os lugares.
Edição: Fábio Massalli
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