Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A vida afetiva e a crença na felicidade estão presentes nas expectativas dos homens e mulheres acima dos 60 anos, segundo a pesquisa Idosos no Brasil, do Instituto DataPopular. “A procura por um novo amor é mencionada pela grande maioria dos entrevistados”, disse o diretor do instituto, Renato Meirelles, que fez o levantamento de dados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e entrevistas nas principais cidades das cinco regiões do país, de outubro a dezembro de 2012.
A aposentada Cleuza Maia dos Santos, de 56 anos, separada, disse que não pretende mais se casar. Mas reconheceu que pensa em encontrar um namorado para ter um relacionamento. Para ela, o novo amor deve ser amigo e companheiro.
“Estou separada. Mas se eu encontrasse um velho bacana eu toparia um relacionamento. Mas eu não quero mais casar. Quero alguém para bater papo, sair e me divertir. Alguém que me faça companhia em todos os momentos. Quero uma bela amizade”, disse Cleuza Santos.
Também separado, o marceneiro aposentado Manoel Lopes, de 61 anos, disse que não quer se envolver emocionalmente, mas admitiu que é ruim ficar sozinho. “Por enquanto, eu não pretendo me envolver emocionalmente. Mas se eu achasse alguém da minha idade, que me quisesse, tentaria um relacionamento”, disse. “É muito ruim a pessoa ficar sozinha, a gente sente falta do companheirismo. Depois que a gente passa dos 60 anos, tudo fica mais difícil.”
Meirelles disse que na pesquisa Idosos no Brasil, do Instituto DataPopular, houve reclamações específicas sobre quatro aspectos: mau humor, egoísmo, frieza e desrespeito. Segundo o pesquisador, 64% dos entrevistados reclamaram do mau humor, 55% do egoísmo, 46% do desrespeito e 25% da frieza.
Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sudeste é a região com maior concentração de idosos no país com 46,6%, seguido pelo Nordeste com 26,3%, o Sul com 15,3%, Centro-Oeste com 6,5% e Norte com 5,3%.
Edição: Carolina Pimentel
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