Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Das 17 pessoas detidas na noite de ontem (11) durante confronto entre manifestantes e policiais militares, 11 continuam presas, segundo balanço da Secretaria de Segurança Pública. Em menos de uma semana, foram três dias de protestos contra o aumento no valor das tarifas do ônibus e metrô, que passou de R$ 3 para R$ 3,20. De acordo com a PM, aproximadamente 5 mil pessoas participaram das manifestações, na região central.
Os 11 manifestantes permanecem no 78º Distrito Policial, no bairro Jardins. Deles, dez cometeram crime inafiançável e, além de dano ao patrimônio, vão responder por formação de quadrilha. A outra pessoa que continua presa terá que pagar fiança de R$ 20 mil para ser liberta. De acordo com a secretaria, o valor foi estipulado em função dos danos ao patrimônio cometidos por ele.
As pessoas que já foram liberadas cometeram crimes como desacato, danos, pichação e um foi detido por atrapalhar o transporte público. Durante o protesto avenidas foram bloqueadas, vidraças de agências bancárias, quebradas, um ônibus elétrico, queimado e o diretório do PT, apedrejado. Os policiais revidaram com balas de borracha e gás lacrimogênio.
O Movimento Passe Livre, que organiza os protestos, programou duas manifestações na semana passada, nas quais também ocorreram confrontos com a polícia. Um novo ato está marcado para amanhã (13).
Hoje (12), às 14h, o Ministério Público de São Paulo vai fazer uma audiência pública com organizações civis contrárias ao aumento da tarifa de transporte coletivo no município. Participam do encontro, representantes das secretarias Estadual e Municipal de Transportes.
Edição: Talita Cavalcante
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