Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo da Síria rebateu hoje (5) a avaliação da comissão independente de investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o uso de armas químicas em operações militares. Segundo as autoridades sírias, a oposição usa gás sarin nas ações, afetando a população civil. O gás sarin é uma substância tóxica que atua sobre o sistema nervoso e é incluída entre as armas químicas. Há 27 meses, a Síria passa por um clima de guerra, com a morte de cerca de 90 mil pessoas, incluindo crianças e mulheres.
O embaixador sírio na ONU, Fayssal Al Hamwi, desmentiu as acusações e lamentou que a entidade atue “sob pressão” internacional. De acordo com ele, há uma ação para fragilizar o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad. Para o diplomata, não há provas suficientes para apontar as autoridades sírias como responsáveis pelo uso de armas químicas.
Ele levantou dúvidas sobre a imparcialidade da comissão, formada por quatro membros, e sob comando do brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O embaixador russo na ONU, Alexei Borodavkin, defendeu o governo Assad e criticou a comissão independente.
No relatório, a comissão independente apontou quatro casos de uso de armas químicas na Síria, sem indicar responsáveis. Mas avaliou que a responsabilidade do uso de armas químicas recai sobre “elementos suspeitos relacionados a insurgentes”.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.
Edição: Talita Cavalcante