Sindicom rechaça acusações de irregularidades no processo de distribuição de combustíveis no Rio

24/05/2013 - 19h40

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, rechaçou hoje (24) as acusações do Sindicato do Comércio de Minérios Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sitramico-RJ), de que algumas das grandes distribuidoras de combustíveis terceirizam a atividade de distribuição de petróleo para as empresas menores com a finalidade de reduzir custos.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Sindicom disse que as próprias empresas ligadas ao Sindicato das Distribuidoras é que fazem a distribuição de seus produtos, o que é feito obedecendo rígidos critérios de segurança.

“O que nós terceirizamos são as atividades de transporte de derivados, o que, no entanto, é feito por empresas e transportadores altamente qualificados, treinados e preparados para exercer a função de transportar os nossos derivados. O que é feito estritamente em obediência às normas de segurança vigentes no país”.

Vaz lembrou que a distribuidora de combustível Petrogold - localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atingida ontem (23) por incêndio que matou um funcionário e desabrigou e desalojou centenas de moradores que tiveram as casas destruídas ou interditadas – não pertence ao Sindicom. Ele também negou que as transportadores de derivados que operam para as distribuidoras operem sem seguir as determinações mínimas de segurança, conforme relatou à Agência Brasil a presidenta do Sintramico-RJ, Lígia Deslandes.

“A denúncia [de que os trabalhadores que operam as bombas não têm qualificação para operar os mangotes de transferência do combustível para os caminhões e que trabalham sem obedecer as normas mínimas de segurança, de chinelo de dedo e sem uniforme adequado] não condizem com a realidade das distribuidoras a nós filiadas. Os trabalhadores passam por rigorosos treinamentos, só operam com vestimenta adequada e dentro de padrões rígidos de segurança”, disse

Anisio Vaz também questionou a declaração da presidenta do Sintramico-RJ de que os caminhoneiros operam os mangotes de abastecimento amparados por uma liminar obtida na Justiça pelo Sindicom.

“Isso não é verdade: essa proibição se deu a partir de uma norma baixada pela ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres]. O que nós questionamos foi a competência da agência para regular sobre operações dentro de terminais de abastecimento. E a Justiça acatou o nosso questionamento entendendo que essa é uma competência do Ministério do Trabalho. A própria ANTT reconheceu a decisão da Justiça – tanto que revogou a norma”, ressaltou Vaz.

 

Edição: Aécio Amado

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