Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O edital do primeiro leilão do pré-sal, referente à área de Libra, na Bacia de Santos, a cerca de 183 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, deverá ser publicado dentro de 15 dias. O leilão está previsto para outubro e será sob o regime de partilha, conforme foi publicado hoje (23) no Diário Oficial da União. O prazo foi anunciado pela presidenta da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
Ela estimou o volume do campo entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris de petróleo, mas ressaltou que as últimas pesquisas, feitas em maio, indicaram que o número ficará mais próximo do teto. Em entrevista coletiva no escritório central da ANP, no Rio, Magda Chambriard disse que o volume de petróleo recuperável deverá oscilar entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, ficando mais próximo dos 10 bilhões.
De acordo com Magda, a expectativa da ANP para esta rodada do pré-sal só pode ser a melhor possível. "Vamos licitar um prospecto sem precedentes. Nunca fizemos isso no Brasil, e eu desconheço um país que tenha feito licitação deste porte. Até meados de junho, deveremos ter tudo isso publicado e pronto. Estamos falando de uma oportunidade que pode ser de 8 a 12 bilhões de barris [recuperáveis].”
A presidenta da ANP não quis adiantar estimativas para valores do leilão, mas ressaltou que será um marco no desenvolvimento do setor no país. A área de Libra tem 1.500 quilômetros quadrados, do total de 149 mil quilômetros quadrados de áreas do pré-sal. “Isso é para gente grande. O que nós estamos vivendo com o petróleo no Brasil é um momento grandioso, de muitas possibilidades, que vai gerar muito emprego e renda para a população, muito trabalho de bom nível e muita carreira bem sucedida.”
O diretor da ANP Elder Queiroz, que também participou da coletiva, sustentou que o preço do barril de petróleo deve subir nos próximos anos, ao contrário dos especialistas que apostam na queda do valor do produto com a entrada em produção de novos campos. “Ainda que estejamos agregando novos campos, outros começam a se esgotar. A economia mundial está em retomada de crescimento, e a pressão por petróleo deve aumentar. Não vemos o preço do petróleo cair nos próximos anos”, disse ele.
Edição: Nádia Franco
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