Da Agência Lusa
Nova Iorque – O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou hoje (20) a criticar os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, considerando-os uma "provocação" desnecessária. "O secretário-geral continua preocupado com as provocações e tensões na península da Coreia, especialmente tendo em conta o risco de erros de cálculo e de uma perigosa escalada", informa uma nota do gabinete de Ban Ki-moon.
O regime norte-coreano lançou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, um míssil de curto alcance no Mar do Japão, desde a sua costa oriental, segundo noticiou a agência Yonhap. A mesma fonte informou que é o quinto míssil lançado pela Coreia do Norte na mesma zona nos últimos três dias, apesar das críticas de Seul e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no fim de semana.
A nota do gabinete de Ban Ki-moon reitera que o secretário-geral das Nações Unidas, de nacionalidade sul-coreana, está disponível para ajudar a "facilitar o processo de construção da paz e confiança na península coreana".
A Coreia do Norte disparou no domingo um míssil de curto alcance na costa leste, aparentemente como parte de operações militares, e no sábado, Pyongyang fez três lançamentos semelhantes. Trata-se de mísseis de curto alcance, mas Washington e Seul temem que os ensaios de mísseis de médio alcance Musudan possam reavivar as tensões após o teste nuclear em fevereiro.
A Coreia do Sul classificou os testes como "deploráveis" e "provocadores", enquanto em uma mensagem divulgada no fim de semana, Ban Ki-moon havia aconselhado Pyongyang a abster-se de quaisquer lançamentos de mísseis. O lançamento, hoje, de mais dois mísseis norte-coreanos foi confirmado pelo Estado-Maior da Coreia do Sul, depois de, no domingo, o secretário-geral da ONU ter pedido a Pyongyang para dar mostras de contenção e retomar o diálogo.
Em comunicado divulgado também hoje, a Coreia do Norte rejeitou as críticas às ações militares e recusou que sejam uma tentativa de aumentar a tensão com o Sul. "Os treinos militares são um direito indiscutível de qualquer nação soberana", informou no texto o comitê norte-coreano para a Reunificação Pacífica da Coreia.