Vinícius Lisboa e Akemi Nitahara
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A construção do Autódromo Internacional do Rio de Janeiro que substituirá o antigo autódromo de Jacarepaguá, desativado para a construção do Parque Olímpico, não será licitada nem receberá licença ambiental enquanto o governo federal e o Exército não atestarem que o local escolhido, em Deodoro, na zona oeste, não apresenta risco de explosões. O secretário estadual da Casa Civil, Regis Fichtner, disse hoje (2) que a obra não será feita enquanto não houver uma comprovação de que o local é seguro.
“O que podemos garantir é que só faremos a licitação se tivermos uma garantia do Exército e do governo federal de que a área está completamente livre de qualquer risco. Vamos exigir uma comprovação, um atestado”, disse. A obra do autódromo é responsabilidade do Ministério do Esporte, mas o governo do estado está organizando a licitação dos projetos e da construção. No terreno escolhido, durante anos funcionou um campo de instrução militar,
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, também foi categórico ao condicionar o licenciamento ambiental do terreno à garantia de descontaminação do local. Ele informou que, obedecendo a uma determinação judicial do início do ano, a secretaria e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) enviaram uma instrução técnica ao Ministério do Esporte, exigindo um estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) que prevê, uma de suas cláusulas, a avaliação do risco de explosão. “A licença está condicionada ao EIA/Rima. Não haverá obra se essa questão não for completamente resolvida”, disse o secretário.
O terreno escolhido para a construção do o autódromo está passando por um processo de varredura por causa da possibilidade de existir explosivos enterrados. O Ministério do Esporte informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a varredura do terreno é responsabilidade do Exército, “que se comprometeu a entregar a área em condições totais de segurança para a construção”. De acordo com o ministério, atualmente está sendo preparado o projeto executivo a ser entregue ao governo do estado e que, só depois dessa etapa, será feita a licitação.
O Comando Militar do Leste foi procurado pela Agência Brasil, mas não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
Edição: Aécio Amado
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