Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Homens armados intensificaram o cerco hoje (29), pelo segundo dia consecutivo, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores) da Líbia em meio a exigências feitas por manifestantes para que funcionários do governo de Muammar Khadafi sejam afastados dos cargos. Na área em torno do prédio há, desde ontem (28), pelo menos 30 veículos, alguns equipados com armas antiaéreas, e homens armados.
Na porta do prédio no qual funciona o ministério há cartazes com palavras e frases que exigem a retirada dos funcionários ligados a Khadafi. "O ministério está fechado", disse Aymen Mohamed Abudeina, que integra o grupo de manifestantes.
Ontem o primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, denunciou a pressão feita por manifestantes. Zeidan pediu à população que apoie o governo na resistência aos grupos armados. Segundo ele, esses grupos querem “desestabilizar o país e espalhar o terror entre estrangeiros”. De acordo com o primeiro-ministro, o governo "não entrará em confronto com ninguém".
O Parlamento da Líbia estuda propostas para determinar a exclusão de funcionários do governo Khadafi de suas funções. O governo líbio tenta estabelecer sua influência em todo o país, pois há ainda grupos organizados ocupando parte do território. Muammar Khadafi foi morto em outubro de 2011, depois de uma série de confrontos armados.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade
Brasil repudia ataque à Embaixada da França na Líbia
Governo da Líbia quer volta de empresas brasileiras ao país
Líbia envia emissário ao Brasil em busca de aumentar comércio bilateral
Unesco procura obras culturais que desapareceram na Líbia
Manifestações na Líbia comemoram dois anos de deposição de Khadafi