Da BBC Brasil
Brasília - As autoridades americanas identificaram nesta quarta-feira (17) um suspeito de envolvimento com o atentado que deixou três mortos e mais de 170 feridos na Maratona de Boston na última segunda-feira (15), segundo relatos da imprensa americana. O suspeito foi identificado a partir da análise das imagens de uma câmera de segurança que mostram um homem deixando uma bolsa na rua, perto da linha de chegada da maratona, e saindo em seguida.
As duas explosões de segunda-feira mataram um menino de 8 anos de idade, uma mulher de 29 e uma estudante de pós-graduação da China. Os investigadores passaram os últimos dias analisando milhares de pistas, desde vídeos gravados por telefones celulares até fragmentos de destroços retiradas das pernas das vítimas.
As imagens do suspeito foram registradas por uma câmera de uma loja de departamentos no lado oposto da rua onde aconteceu a segunda explosão, segundo informações da rede de televisão americana CNN. O jornal Boston Globe informa que a câmera de segurança da loja Lord & Taylor produziu imagens bem nítidas do local para as investigações policiais.
Mais cedo, a agência de notícias Associated Press (AP) citou uma fonte próxima às investigações que dizia que as bombas eram formadas por explosivos em panelas de pressão com capacidade para 6 litros - uma com pedaços de metal e outra com pregos. Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelas bombas.
A tampa de uma panela de pressão, que aparentemente voou durante a explosão, foi encontrada no telhado de um edifício da região, segundo informações divulgadas pelas autoridades nesta quarta-feira.
Médicos que tratam vítimas que sobreviveram ao atentado dizem que o estado dos ferimentos indicam que as bombas têm pedaços de metal e outros estilhaços. Diversas vítimas tiveram membros amputados.
O chefe de cirurgias de emergência do Boston Medical Center, Peter Burke, disse que os hospitais estão guardando "grandes quantidades" de fragmentos extraídos das vítimas para a polícia. O material inclui metal, plástico, madeira e concreto. Pelo menos 58 dos feridos foram liberados de diversos hospitais da cidade, segundo a AP. Entre os que permanecem internados, 17 são considerados em estado crítico.
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