Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) considera que o reajuste de 10% das bolsas de pós-graduação anunciado na última quinta-feira (28) pelo Ministério da Educação (MEC) é uma vitória dos estudantes. No entanto, a entidade pede uma maior valorização dessa etapa do ensino.
No ano passado, foi concedido um reajuste de 10%, que fez com que as bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado ofertadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) passassem de R$ 1.200 para R$ 1.350, as de doutorado de R$ 1.800 para R$ 2.000 e as de pós-doutorado de R$ 3.300 para R$ 3.700. Com o novo ajuste, as bolsas de mestrado passarão para R$ 1.500, as de doutorado para R$ 2.200 e as de pós-doutorado para R$ 4.100.
De acordo com o site da ANPG, os reajustes concedido pelo governo em 2012 e 2013, significam, no total, 25% de reajuste das bolsas em média (visto que um percentual incidiu sobre o outro). "O presente reajuste é importante porque cobre as perdas inflacionárias somadas de 2008 a 2013", diz a nota divulgada pela entidade.
A nota acrescenta que "a perda histórica do valor real das bolsas passa de 50%, em especial pelo fato dos valores terem sido congelados entre 1994 e 2004. De lá para cá os reajustes apenas cobriram as perdas inflacionárias, não havendo valorização real das bolsas, o que deixa o seu poder de atratividade muito baixo".
A entidade diz que continuará pautando a valorização das bolsas de pesquisa como "um elemento importante para a garantia de condições adequadas ao desenvolvimento da pesquisa nas universidades brasileiras e como um fator estratégico para o próprio desenvolvimento do país".
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil