Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Festival Internacional Estudantil de Cinema de Barra do Piraí, cidade localizada no sul fluminense, terá sua quarta edição de 7 a 13 de abril, reunindo alunos de 18 escolas do município que participam da mostra local, e de dez escolas do Brasil cujos filmes foram selecionados para participar da competição nacional. Além desses, cinco projetos representando escolas, governos e jovens de várias partes do mundo, serão exibidos na mostra internacional, sem caráter competitivo.
Os filmes serão exibidos ao ar livre, na Praça Nilo Peçanha, no centro da cidade, para que a população também possa votar. O homenageado deste ano é o ator Lázaro Ramos, “por sua trajetória no cinema e na televisão e pelo exemplo que dá aos jovens”. Serão três premiados em cada categoria. Os melhores filmes local e nacional recebem troféu e R$ 2 mil, que poderão ser usados na compra de equipamentos.
Criado em 2010, o festival é o desdobramento do projeto Luz, Câmera, Educação, do Polo Audiovisual local, que leva oficinas de produção cinematográfica para alunos do 6º ano do ensino fundamental do 3º ano do ensino médio das escolas públicas e particulares da cidade. O público estimado nos sete dias do festival alcança em torno de 25 mil pessoas.
Nas oficinas, os estudantes aprendem todo o processo de produção de um filme e, no final, produzem um curta metragem de ficção, cujo tema é de livre escolha dos jovens. Os filmes são produzidos com equipamento de alta resolução (full HD), com apoio de uma produtora profissional de cinema, e vão competir no festival em oito categorias. Cerca de 500 alunos do município participaram das oficinas.
O secretário municipal do Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Barra do Piraí, Roberto Monzo, coordenador do evento, informou à Agência Brasil que o objetivo do festival é abrir um espaço de exibição para esses filmes “e, através da competição, estimular o aprimoramento desses jovens e de seus filmes”.
A ferramenta trouxe avanços sociais significativos para os estudantes e a comunidade, disse Monzo. “Temos vários casos aqui de mudança de comportamento dos jovens. Alunos que antes eram problemáticos na escola e passaram a ser líderes do projeto. A escola reconquistou esse aluno, que passou a ser desafiado a exercer sua criatividade e a ser visto e reconhecido por toda a cidade. Tem uma questão de autoestima muito importante”.
Outro componente positivo do festival é que ele contribui para a desinibição dos jovens, e para desenvolver sua capacidade de relacionamento. “Você vê a mudança de comportamento e também a melhora do rendimento escolar, porque isso atrai a atenção do jovem, ele passa a se interessar mais e a olhar a escola com outros olhos”.
Edição: Tereza Barbosa
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