Congresso da Contag homenageia trabalhadoras rurais

07/03/2013 - 19h50

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A mulher trabalhadora rural foi homenageada hoje (7) no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em Brasília, a propósito do Dia Internacional da Mulher comemorado amanhã (8). As camponesas leram uma carta na qual enfatizam que as mulheres “saíram da invisibilidade, da dependência de seus maridos” e hoje lutam em conjunto contra a pobreza, a fome e a violência. O documento destaca ainda a luta das camponesas “pela reforma agrária, pelo acesso à água e pela qualidade dos alimentos".

Para Alessandra Lunas, vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), entidade que promove o evento, amanhã, Dia Internacional da Mulher, deve ser “o dia da unidade, em que a mulher deve entrar na pauta do governo”. Segundo ela, a força da Marcha das Margaridas é “uma mostra de que tudo pode ser diferente, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. A marcha é conhecida também no resto do mundo porque a violência transcende nossas fronteiras”, disse, lembrando que ainda há lugares onde as mulheres nem mesmo podem mostrar o rosto.

Alessandra Lunas ressaltou que as mulheres reivindicam mais igualdade com os homens no movimento sindical, em que precisam ser mais representadas, pois "quando acontece de uma mulher estar à frente de negociações os resultados são bem melhores". Para a vice-presidenta da Contag, "lugar da mulher é na política e onde quiser estar".

Carmen Ferreira, da Comissão Nacional da Contag e integrante da Central Única dos Trabalhadores (Cut), declarou que “o machismo e o patriarcado não estão escritos em lugar nenhum [como lei], mas, na prática, ele existe”. Por isso, segundo ela, “a mulher tem que estar sempre pronta a enfrentar a violência e a desigualdade, ao mesmo tempo em que aspira participar da construção de um novo modelo de desenvolvimento para o país".

O presidente da Contag, Alberto Broch elogiou a participação das mulheres na entidade e lembrou que elas “são metade da população brasileira e são mães ou irmãs da outra metade”.

 

Edição: Aécio Amado

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