Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, voltou a defender hoje (6), após reunião de líderes empresariais com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a regulamentação da terceirização de mão de obra. Segundo Kátia Abreu, que é senadora pelo PSD do Tocantins, a falta de regulamentação tem inviabilizado todos os setores da economia.
“Na agricultura, por exemplo, se eu tenho 500 hectares de soja, é impraticável, do ponto de custo, comprar um colheitadeira só para mil. É mais prático um alugar uma colheitadeira para colher minha lavoura. Eu não posso fazer isso hoje”, disse Kátia.
Para ela, a terceirização da mão de obra traria vantagens, pois haveria mais especialização nas demais etapas da produção. Kátia Abreu exemplificou com o caso da soja: “Quem planta soja tem que se especializar no plantio, fazer com que ela seja produtiva, que tenha competitividade. Colher a soja é um detalhe. Posso terceirizar para aquele que é especialista em colher soja.”
A senadora foi ao Ministério da Fazenda para reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e representantes de entidades empresariais, como as confederações Nacional da Indústria (CNI) e Nacional do Comércio (CNC) e da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Além da regulamentação da terceirização, foi discutida no encontro a aceleração dos investimentos em obras de infraestrutura. De acordo com Kátia Abreu, o ministro Mantega detalhou na reunião a proposta que tem sido apresentada a investidores no Brasil e no exterior sobre as concessões em infraestrutura, que devem atrair R$ 470,1 bilhões em investimentos privados.
Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, houve ainda uma avaliação dos indicadores do ano passado e chegou-se ao consenso que, este ano, os resultados serão melhores. “O país irá crescer, mas precisamos de uma agenda que dê melhores condições para isso, incluindo as questões trabalhistas, como a terceirização”, disse Andrade. Outra questão em pauta foi a inclusão de novos setores nas medidas de desoneração, entre os quais o da saúde e outros ligados aos transportes que não foram beneficiados.
Edição: Nádia Franco
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