Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT) determinou que 80% da frota de ônibus circulem na capital fluminense. Desde a madrugada de hoje (1º), os rodoviários fazem uma paralisação por aumento de salários e benefícios. A multa para o descumprimento da decisão judicial soma R$ 200 mil, além da configuração de crime de desobediência.
A determinação é da desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, em favor do Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro, a Rio-Ônibus. Na decisão, a magistrada argumentou que a volta de 80% dos ônibus às ruas vai “evitar a perpetuação de danos irreparáveis à população desta cidade e a implementação do caos, dada a inconteste necessidade do transporte”.
A previsão é que o Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro seja notificado ainda nesta sexta-feira.
Por meio da assessoria de imprensa, os rodoviários informaram que vão recorrer da decisão, assim que forem notificados. A categoria reclama da lentidão da Justiça para julgar violações trabalhistas, como jornada de trabalho superior a 14 horas, dupla função – no caso de o motorista acumular a função de cobrador- e insalubridade.
Em nota, a Rio-Ônibus declarou que a decisão do tribunal atendeu ao pedido das empresas. Sem comentar as questões trabalhistas, informou que até meados da tarde, 28% da frota de 9 mil ônibus do município estavam em circulação, sendo que 194 carros ficaram com avarias durante protestos dos trabalhadores nas garagens das empresas. Nove pessoas ficaram feridas.
Edição: Carolina Pimentel//Texto ampliado às 19h para acréscimo dos posicionamentos dos sindicatos dos rodoviários e das empresas de ônibus
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