Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu hoje (25) pedir informações ao advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, sobre denúncias de seu envolvimento no esquema desmontado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Além de Adams, o corregedor-geral da Advocacia-Geral da União (AGU), Ademar Passos Veiga, terá de se manifestar sobre suspeitas levantadas em sindicância interna sobre a participação do ministro e que foram arquivadas.
“Mandei intimar todo mundo para que prestem informações, a ele [Adams] e ao corregedor, porque uma das denúncias é que o corregedor fez corpo mole, que o corregedor não tinha independência para verificar”, disse o presidente da comissão, conselheiro Américo Lacombe. Segundo ele, Adams e Veiga têm até dez dias para apresentar explicações.
A AGU informou, em nota divulgada no último sábado (23), que a corregedoria do órgão, após analisar “detidamente cada aspecto suscitado pela Comissão de Sindicância, confrontando os documentos e dados existentes nos processos, concluiu pela inexistência de irregularidade na atuação do advogado-geral da União, seja por ação ou omissão”.
O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional entrou com representação na última sexta-feira (22), pedindo investigação criteriosa do colegiado sobre o envolvimento de Adams.
A Operação Porto Seguro foi deflagrada em novembro do ano passado e desmontou esquema criminoso infiltrado em órgãos federais para venda de pareceres técnicos para a iniciativa privada.
O esquema envolvia servidores da Agência Nacional de Aviação Civil, Agência Nacional de Águas, Advocacia-Geral da União e Secretaria do Patrimônio da União. Entre os investigados estava o ex-advogado-geral adjunto José Weber de Holanda, que foi indicado por Adams.
*Colaborou Luana Lourenço
Edição Beto Coura
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