Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 4,8% em 2012 na comparação com o ano anterior, ao passar de 28.316 unidades para 26.958. O número de lançamentos também registrou queda (-27,0%) com 27.835 unidades no ano passado ante 38.149 de 2011.
Os dados são do Balanço do Mercado Imobiliário de 2012 do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), divulgado hoje (19). O valor movimentado em vendas foi R$ 13,6 bilhões em 2012 ante R$ 14,2 bilhões em 2011, o que representa retração de 4,3%.
Por segmento, os imóveis de dois dormitórios foram destaque com a venda de 13.371 unidades o que corresponde a 49,6% do total comercializado durante 2012. Na comparação com 2011, houve crescimento de 0,5%. Os imóveis com três quartos tiveram participação de 26,9%, com 7.263 unidades vendidas em 2012.
Segundo o economista do Secovi-SP, Celso Petrucci, a queda nas vendas é decorrente de ajuste no mercado. “Acreditamos que o mercado tenha sido bastante saudável porque, pelo número de unidades que reduzimos em lançamento, a expectativa era a de que a queda fosse maior. Concluímos que a cidade continua com a demanda forte”.
De acordo com Petrucci, a previsão para 2013 é aumento de 10% nos lançamentos, passando de 28 mil para 31 mil unidades. Entre os fatores que devem contribuir para o resultado estão o aumento das taxas de investimento pelo governo federal e a readequação do valor máximo do enquadramento dos imóveis no Sistema Financeiro de Habitação.
As vendas devem ter aumento entre 3,5% e 5% em unidades passando de 27 mil para 28 mil unidades. "Estamos animados e otimistas. Se a economia crescer mais do que cresceu em 2012, acreditamos que o mercado imobiliário cresça junto com a economia. Com relação aos preços, se as previsões se confirmarem, vamos continuar equilibrando o mercado. O aumento dos preços deve ser mais parecido com o do ano passado e não com os anteriores".
Para o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, os resultados de 2012 foram bons e o ajuste no mercado foi bem feito, o que fez com que os preços também se mantivessem constantes. “O preço em valor real subiu 3%, o que considero praticamente estável”. Bernardes observou que o mercado está com um nível de estoque confortável e que o objetivo é manter a oferta equilibrada à demanda.
Edição Beto Coura
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