Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, se reuniu hoje (5) com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo para discutir a privatização do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Resseguros), maior resseguradora da América Latina, que deve ocorrer ainda este ano.
O governo decidiu desestatizar a IRB-Brasil para tornar a empresa mais competitiva mundialmente. “O IRB, depois do processo de desestatização, terá flexibilidade necessária para competir em condições de igualdade com grandes grupos mundiais. O IRB tem grande potencial de expansão dos negócios, tendo em vista a realidade econômica do Brasil, com obras de infraestrutura, a necessidade de seguros e resseguros se desencadeará”, disse Barbosa.
A transformação do IRB em empresa privada deve ocorrer por meio de um aumento de capital dos atuais sócios privados, diluindo a participação do governo, que deverá se tornar sócio minoritário. “Nós temos capacidade de ter um grande ressegurador de escala de capacidade de competição internacional, baseado no Brasil, tendo participação da União, mas não majoritária, e participação do capital privado, dos principais grupos nacionais”, explicou o secretário executivo.
Para que o processo de privatização ocorra, o governo precisa do parecer favorável dos órgãos de controle: TCU, Banco Central, Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo o governo, com a privatização, o capital do IRB, que atualmente é de cerca de R$ 15 bilhões, pode ser ampliado para R$ 50 bilhões, para estar entre as dez maiores resseguradoras do mundo a longo prazo. “O importante é que ele [IRB] seja livre para buscar capital e ressegurar”, disse Barbosa.
O edital com as condições para a desestatização da empresa foi lançado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e publicado no dia 23 de janeiro no Diário Oficial da União. Na próxima semana, o ministro do TCU se reunirá com técnicos do BNDES. A previsão é que o parecer do TCU seja divulgado até 15 de março.
Edição: Lílian Beraldo
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