Petrobras: reajustes de preços de derivados não foram suficientes para eliminar perdas da empresa

05/02/2013 - 11h25

Flávia Villela e Vitor Abdala
Repórteres da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os reajustes acumulados nos preços do diesel, de 16,1%, e da gasolina, de 14,9%, nos últimos oito meses, não foram suficientes para eliminar a defasagem entre o preço  no mercado internacional e o cobrado pela Petrobras em suas refinarias. Segundo a presidenta da estatal, Graça Foster, a manutenção da defasagem é resultado principalmente da desvalorização do real ante o dólar.

Entre outubro de 2011 e janeiro deste ano, houve aumentos de 14% no valor do dólar ante o real e de 6% no valor do barril de petróleo no mercado internacional (brent).

Antes dos três reajustes do diesel e os dois da gasolina, feitos entre novembro de 2011 e janeiro deste ano, a Petrobras evitava aumentar o preço dos derivados em suas refinarias. No entanto, a defasagem entre os preços nos mercados internacional e doméstico vinha se acentuando desde janeiro de 2011.

De acordo com dados informados pela Petrobras hoje (5), o crescimento da demanda por combustíveis superou o aumento da produção da empresa. Isso acarretou maior importação de gasolina e diesel.

A defasagem dos preços é um dos motivos para a redução do lucro líquido da Petrobras em 2012. A empresa informou, no entanto, que a paridade de preços continuará sendo perseguida.

Edição: Juliana Andrade

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