Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O número de navios fundeados no mar em frente às praias da zona sul da cidade vai ter que diminuir. Ele terá que passar de 11 para cinco no máximo. A medida entra em vigor a partir de junho e tem por objetivo acabar com a poluição visual e o risco de vazamento de óleo nas praias cariocas, principalmente Copacabana e Ipanema, que estão entre os principais pontos turísticos da cidade.
“O esforço é gerenciar aquele espaço [orla da zona sul] para que o volume de navios fundeados ali seja aceitável, ou seja, o volume de navios que a gente viu ali a vida inteira. O problema é quando têm 11, 12 navios, e como a frequência desse pico aumentou, parece uma favela na frente da cidade“, disse o prefeito Eduardo Paes, depois de reunião com os representantes da Marinha e da Companhia Docas do Rio de Janeiro.
Também foram anunciadas ações como a sinalização noturna e a dragagem na entrada da Baía de Guanabara, além da criação de um centro de controle de tráfego, para facilitar o trânsito de navios no acesso ao porto.
Para a dragagem, a Companhia Docas deverá investir cerca de R$ 200 milhões no aprofundamento do Canal de Cotunduba, além de um trecho cortando a baía de norte a sul. Segundo o presidente do órgão, Jorge Juiz de Mello, as obras, que deverão durar um ano, foram acertadas com a Secretaria dos Portos e o edital de licitação será liberado em até três meses.
O comandante do 1º Distrito Naval, Elis Öberg, ao falar sobre a movimentação de navios no interior da baía, informou que o controle de tráfego marítimo (VTMS, na siga em inglês), que custará até R$ 60 mil, cujo projeto está pronto, contará com três radares instalados em pontos distintos da Baía de Guanabara. “É como uma torre de aeroporto”, disse. Já o capitão dos Portos, Fernando Cozzolino, disse que a sinalização noturna no local será feita pela inciativa privada.
Edição: Aécio Amado
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