Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O mau tempo prejudica o segundo dia de buscas pelo helicóptero desaparecido no trajeto entre os municípios de São José dos Campos e Ilhabela no estado de São Paulo. As buscas deveriam ter recomeçado por volta das 7h de hoje (12), mas, até o início da tarde, a aeronave não tinha conseguido decolar e a Força Aérea Brasileira (FAB), não havia previsão de partida.
Por volta das 13h50, a aeronave conseguiu decolar, mas as buscas ao helicóptero desaparecido, que pertence ao empresário Éder Coelho, duraram menos de quatro horas. Os militares sobrevoaram 600 quilômetros quadrados entre os municípios de Redenção da Serra e São Luiz do Paraitinga. Devido ao mau tempo e à falta de visibilidade na região, os militares retornaram à base e encerraram o segundo dia de buscas. Até o fim da tarde, não tinham sido encontrados vestígios da aeronave.
Éder Coelho viajava com a esposa, Carolina Fernandes, de Arujá, na região metropolitana de São Paulo, para Ilhabela, no litoral do estado, onde o casal tem uma casa. No dia 3 deste mês, o helicóptero partiu de São José dos Campos, que fica a 56 quilômetros de Arujá e a 93 da capital, mas a família do empresário soube do desapareciento apenas segunda-feira (7), pois ele não foi trabalhar.
A FAB iniciou ontem (11) as buscas, diponibilizando 17 militares e uma aeronave SC-105 Amazonas para os trabalhos. Foram realizadas cinco horas e 45 minutos de procura, ontem, quando os militares percorreram uma área de 1050 quilômetros quadrados (km²) na região serrana. O tempo não ajudo: o céu nublado prejudicou a visualização e atrasou para as 11h o início da operação, marcarda para as 9h30.
Para hoje, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na região é tempo nublado com pancadas de chuva e temperatura variando entre 15 graus e 24 graus.
O irmão de Carolina, Paulo Fernandes, disse que o trajeto era conhecido pelo casal: "Eles costumavam ir todos os fins de semana para a casa em Ilhabela. O caminho é bem conhecido, e Éder é um bom piloto". Segundo Fernandes, que amigos do casal que também têm helicópteros estão ajudando nas buscas. Ele ainda tem esperança, mas ressalta que, com o passar do tempo, a situação vai ficando dramática.
"Eles devem estar sem alimentação, não sabemos. Estamos muito apreensivos, e a angústia é constante. Esperamos pelo resultado das buscas, seja qual for", concluiu Paulo.
Edição: Nádia Franco//Matéria atualizada às 18h31