Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, condenou ontem (7) o conteúdo do discurso do presidente da Síria, Bashar Al Assad. Segundo ele, a posição de Assad não encerrará o "sofrimento terrível" do povo. De acordo com assessores, Ban Ki-moon ficou "desiludido" com o discurso do sírio sobre o conflito.
“[A posição de Assad] não contribui para uma solução que ponha termo ao sofrimento terrível do povo sírio", ressaltou a assessoria de Ki-moon.
Anteontem (6) Assad discursou publicamente, pela primeira vez em sete meses, informando que manterá a “guerra contra o terrorismo” e lançou uma nova proposta política, dividida em três fases, para encerrar os 21 meses de conflitos. A estimativa é que mais de 60 mil pessoas morreram nesse período.
O discurso de Assad gerou críticas dos governos dos Estados Unidos e da União Europeia. A oposição síria rejeitou a proposta feita por ele para um eventual acordo. Pelo plano apresentado por Assad, deve haver o fim do que chamou de "conspiração internacional" que financia os “terroristas”.
No poder desde 2000, Assad enfrenta a oposição em um conflito que começou em março de 2011. Para ele, a oposição recebe financiamento estrangeiro e de organizações terroristas. O governo Assad é acusado de violar os direitos humanos, promovendo torturas, prisões indevidas e agressões a mulheres e crianças.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto