Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O novo prefeito de Nova Iguaçu – um dos maiores municípios da Baixada Fluminense –, Nelson Bornier, disse hoje (2) que o Hospital da Posse, o principal da cidade, tem uma dívida de cerca de R$ 200 milhões. Por causa disso, prestadores de serviço estão há meses sem receber, o que tem prejudicado a qualidade de atendimento na unidade.
“Faltou gestão para dizer ao Ministério da Saúde que os recursos transferidos da União para o município não são suficientes. Consequentemente houve um acúmulo de dívidas que já estimamos em cerca de R$ 200 milhões”, disse. Segundo o prefeito, a lavanderia não é paga há nove meses, a empresa de alimentação, há dez, e a empresa de segurança, há um ano. Bornier disse que pretende repactuar com o Ministério de Saúde os valores recebidos.
O prefeito assumiu o cargo ontem (1º) e determinou o fechamento da prefeitura para uma auditoria e também por não haver condições de trabalhar no prédio, que teve todos os telefones cortados por falta de pagamento. “Os telefones estão todos cortados, inclusive o do gabinete do prefeito. [A prefeitura de] Nova Iguaçu está com o nome no Serasa e no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Estamos sem crédito sequer para comprar um algodão a prazo.”
De acordo com o prefeito, a falta de pagamento do aluguel de imóveis – um deles desde janeiro de 2005 – levou a uma ação de despejo do prédio onde funciona o principal posto de saúde do município: “Isso é o fim”, desabafou.
Nova Iguaçu tem a quarta maior população do estado, com 795 mil habitantes, e ocupa a 45ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre os 92 municípios fluminenses.
Edição: Talita Cavalcante