Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Por nove dias, o mundo se voltou para o Rio de Janeiro durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho. Chefes de Estado e de Governo, negociadores, representantes da sociedade civil de mais de 190 países se reuniram para fechar o documento final, contendo 49 páginas, denominado O Futuro que Queremos.
Ao final da conferência, foram incluídos aspectos que tentam garantir o desenvolvimento sustentável com erradicação da pobreza, mas movimentos sociais e alguns líderes estrangeiros condenaram a falta de ousadia do texto.
Para parte da sociedade civil, faltou ousadia das autoridades na exigência de definições claras sobre responsabilidades específicas, como repasses financeiros, demarcação de prazos para a adoção de medidas e ampliação de poderes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
No Riocentro, local das discussões políticas, os protestos foram mais discretos do que os que dominaram as ruas do Rio de Janeiro. As negociações e discussões mostraram ainda que as divergências econômicas estão presentes também nos debates políticos e ambientais.
Os negociadores dos países desenvolvidos e em desenvolvimento entraram em vários conflitos, principalmente os que envolviam recursos. A União Africana (formada por 54 países) foi uma das que mais reagiu às restrições impostas pelos países desenvolvidos.
O documento final foi fechado em 49 páginas, mas o texto chegou a ter 200 páginas. O documento está dividido em seis capítulos e 283 itens. Os capítulos mais relevantes são os que tratam de financiamentos e meios de implementação (relacionados às metas e compromissos que devem ser cumpridos).
Edição: Tereza Barbosa