Grande parte dos afogamentos de jovens é causada pelo consumo de álcool

21/12/2012 - 16h14

Rio de Janeiro – O comandante das Atividades de Salvamento Marítimo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, tenente-coronel Marcos Almeida, disse hoje (21) que grande parte dos afogamentos entre os jovens é causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica, que reduz os reflexos da pessoa.

"O afogado é aquele cidadão que não sabe nadar, que só frequenta a praia nos fins de semana, e quando chega à praia, ingere alguma bebida alcoólica, e todo mundo fica corajoso quando está nesse estado”, explicou. Ainda segundo o militar, “o perfil do afogado vai da criança de 7 anos de idade a adolescentes de até 17 anos, que normalmente vêm de outros municípios mais afastados da orla da praia", disse.

O alerta foi feito pelo tenente-coronel durante o lançamento oficial da Operação Verão, na Praia de Copacabana, zona sul da capital fluminense. A fim de evitar afogamentos, o Corpo de Bombeiros mantém uma média de 800 salva-vidas atuando em todo o estado. A corporação conta ainda com 20 motos aquáticas (jet skis), botes e helicóptero.

Marcos Almeida ressaltou a importância de o banhista respeitar as bandeiras vermelhas que sinalizam perigo. "Ao chegar à praia, as pessoas devem procurar sempre um local que tem guarda-vidas e seguir a orientação deles. A gente sinaliza os locais de correnteza perigosa e o ideal seria que as pessoas respeitassem e, em casos de dúvidas, procure o guarda-vidas", orientou.

De acordo com o comandante, a redução dos afogamentos se deve à conscientização da população por meio do projeto Botinho, do Corpo de Bombeiros. No programa, são oferecidos às crianças e aos adolescentes ensinamentos para a prevenção de acidentes na praia. "Acredito que quem participa do projeto dissemina a ideia com os pais, com os colegas nas escolas e acabam difundindo isso para todo mundo", disse.

A Operação Verão, feita anualmente pelos grupamentos marítimos durante a estação mais quente do ano, tem como objetivo reforçar o serviço de prevenção e salvamentos na orla do Rio de Janeiro no período em que há frequência maior de usuários nas praias.

Edição: Davi Oliveira