ONG aponta redução dos crimes violentos na cidade do Rio

18/12/2012 - 18h02

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Levantamento apresentado hoje (18) pela organização não governamental (ONG) Rio Como Vamos, apontou que os crimes violentos fatais diminuíram na maior parte das áreas da capital fluminense entre 2009 e 2011. Outro índice relevante compreende os homicídios de homens entre 15 e 24 anos por local de moradia. Em cinco anos, houve 33 vezes menos casos.

No ano de 2006, foram registrados 187 crimes por 100 mil habitantes. Em 2011, foram 67 mortes por 100 mil habitantes.

O estudo também levantou dados sobre desenvolvimento humano. A Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, foi apontada como uma das regiões da capital fluminense com pior índice de qualidade de vida. Além de conviverem com deficiências em áreas como saneamento e saúde, as crianças da comunidade sofrem também com a defasagem de série. O atraso no currículo ocorre na maior parte dos casos no ensino fundamental e chega a 86% dos alunos residentes na favela.

A pesquisa se apoiou em dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e informações de fontes públicas municipais. Foram 83 indicadores analisados para avaliar a eficácia de políticas públicas e apontar alternativas e metas para melhorar a vida do carioca.

De acordo com a presidenta do Rio Como Vamos, Rosiska Darcy de Oliveira, os problemas ligados à educação, verificados na Cidade de Deus são difíceis de serem reparados em pouco tempo. No entanto, eles acabam levando à evasão escolar. “Isso se deve a um grande acúmulo de problemas que já havia no local e também pelo fracasso das políticas públicas que estão sendo implementadas no lugar. A defasagem escolar é um problema muito sério, é ela que leva ao abandono escolar”.

Para Rosiska, no caso da melhoria dos dados de violência, a queda dos crimes violentos pode estar ligada à implementação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). “Eu creio que a política de segurança pública mais eficaz e muito possivelmente a chegada das UPPs [são responsáveis pela redução]. Esse é um ponto que nós temos que comemorar”, explicou.  
 
Criado há cinco anos por representantes da sociedade civil e empresários, o Rio Como Vamos se apresenta como movimento sem vínculos partidários que avalia e divulga informações sobre a qualidade de vida no Rio de Janeiro.

Edição: Davi Oliveira