Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O referendo sobre a Constituição no Egito vai mobilizar amanhã (15) mais de 120 mil militares das Forças Armadas por determinação do governo do presidente egípcio, Mouhamed Mursi. Alvo de protestos críticos, Mursi se viu obrigado a revogar o decreto que ampliava seus poderes e a suspender o aumento de impostos dos produtos básicos. Mas o clima de tensão permanece no país.
Os opositores do governo dizem que a nova Constituição não representa os anseios da população. Os aliados de Mursi negam. Em comunicado, divulgado hoje (14) pela agência estatal de notícias do Egito, Mena, o Exército disse que os homens farão a segurança dos colégios eleitorais e das instalações estratégicas em todas as províncias do país.
O Exército também vai colaborar com o Ministério do Interior egípcio, que será responsável pela segurança da votação. A ordem de Mursi é que os militares sejam mantidos nas ruas até 22 de dezembro.
O presidente assinou um decreto que autoriza os militares a deter civis e colocá-los à disposição da Justiça. Segundo a ordem de Mursi, os militares devem trabalhar com a polícia na segurança do país até que se anuncie o resultado final do referendo.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante