Atualizada - Poupança registra maior captação líquida para meses de novembro desde 2009

06/12/2012 - 12h24

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os depósitos em poupança superaram as retiradas em R$ 4,086 bilhões, em novembro, segundo dados do Banco Central (BC). É a maior captação líquida para o mês desde 2009, quando o resultado ficou em R$ 4,469 bilhões.

Em novembro, foi registrada maior captação líquida de recursos no último dia do mês, 30, com registro de R$ 3,643 bilhões. No dia 30, terminou o prazo para o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário.

No mês passado, os depósitos ficaram em R$ 105,060 bilhões e as retiradas, em R$ 100,974 bilhões. Os rendimentos creditados chegaram a R$ 2,170 bilhões e o saldo ficou em R$ 484,921 bilhões.

O relatório do BC baseia-se em dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – que destina 65% dos recursos para o financiamento imobiliário – e da poupança rural. No caso do SBPE, houve captação líquida de R$ 3,285 bilhões, em novembro. A poupança rural apresentou depósitos maiores que os saques em R$ 800,250 milhões.

De janeiro a novembro, a captação líquida da poupança chega a R$ 40,513 bilhões, valor recorde na série histórica do BC, iniciada em 1995. Em igual período de 2011, a captação líquida da poupança havia ficado em R$ 10,596 bilhões. Em todo o ano passado, a captação líquida ficou em R$ 14,186 bilhões.

O resultado até novembro já supera o recorde anterior da série história registrado em 2010 (R$ 38,681 bilhões)

O recorde na captação da poupança ocorreu mesmo após a decisão do governo de mudar as regras de remuneração da poupança. Em maio deste ano, ficou definido que sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, a forma de remuneração passa a ser 70% da Selic mais a taxa referencial (TR), calculada todos os dias pelo BC. Atualmente, a Selic está em 7,25% ao ano. Anteriormente, a regra de remuneração era TR mais 0,5% ao mês. Somente os depósitos feitos antes de 3 de maio continuam a ser remunerados pela regra antiga.

Edição: Juliana Andrade