Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As negociações em busca da paz na Colômbia levarão mais tempo do que o planejado inicialmente, admitiu nesse domingo (2) o presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Ele acredita que o acordo de paz só será concluído em novembro de 2013. Desde 18 de outubro, negociadores do governo Santos e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) tentam buscar soluções para o conflito.
Autoridades de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega fazem a mediação. “Este não pode ser um processo de anos, mas de meses. O que significa que não deve durar além do próximo ano, novembro [de 2013], no mais tardar”, disse o presidente colombiano, durante entrevista coletiva em Cartagena das Índias.
Para Santos, é fundamental que a sociedade mantenha a colaboração na tentativa de conseguir a paz na Colômbia. “[Peço para a sociedade] ter paciência e não exigir resultados imediatos”, disse. “[Há uma mesa de negociações] na qual são discutidos temas muito complexos”.
Na semana passada , o chefe da delegação do governo, Humberto de la Calle, disse que o diálogo progredia “em conformidade com o previsto”. Em comunicado conjunto, as Farc e o governo informaram que no próximo dia 5 haverá nova etapa de reuniões sobre desenvolvimento rural.
Também devem ser discutidos, em outra etapa de negociações, os temas relativos à participação das Farc na vida política, o fim das hostilidades, o combate ao narcotráfico e os direitos das vítimas.
Em aproximadamente meio século de confrontos, cerca de 600 mil pessoas morreram, segundo estimativas não oficiais.
As Farc têm 48 anos de existência e são o mais antigo grupo de guerrilha da América Latina. Segundo as autoridades colombianas, a organização reúne 9.200 combatentes.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa e da emissora multiestatal de televisão, Telesur.
Edição: Graça Adjuto