Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados participou hoje (26) de reunião com representantes de policiais na Assembleia Legislativa de São Paulo. O encontro ocorreu antes de visita à comunidade Jardim Vaz de Lima, atualmente sob intervenção da polícia, que tenta pacificar o local, considerado um dos mais perigosos de São Paulo.
Segundo o deputado federal e presidente da comissão, Efraim Filho (DEM-PB), o objetivo da reunião e da diligência à comunidade é avaliar o resultado das políticas públicas de segurança adotadas pelo estado de São Paulo em conjunto com o governo federal, depois da crise da segurança e da onda de violência que assola o estado.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, firmaram termo de cooperação, no início do mês, para formalizar seis ações de segurança pública em São Paulo, entre essas, a criação de uma agência de atuação integrada de inteligência para combater a criminalidade no estado.
“O papel da Câmara dos Deputados é estudar este novo modelo de ação integrada que está sendo adotado e conferir os resultados obtidos, para que possamos aperfeiçoar as políticas públicas de segurança”, explicou o deputado.
Efraim Filho disse que o diálogo com as autoridades policiais existe, mas precisa evoluir para que seja aberto e transparente sem acobertar números, já que o cenário é de crise e precisa ser melhorado. “É possível perceber que a droga e o crime organizado estão na causa do problema e é preciso estabelecer métodos eficientes para combatê-los. E isso pode ser feito por meio de uma ação integrada de inteligência”.
Para o deputado, é preciso asfixiar a força econômica do crime organizado, que, segundo ele, sobrevive de um poder financeiro que não será dissipado sem ações de inteligência com prevenção e repressão. Efraim Filho, a resposta do estado ao crime organizado foi lenta quando se percebeu que os criminosos estavam investindo contra os policiais.
“Isso é uma afronta à ordem pública, ao Poder Público, e passa à comunidade um sentimento de pânico e insegurança. O policial militar tem um simbolismo para a sociedade de força e autoridade, e quando é confrontado de forma violenta e não tem respostas imediatas chega-se a uma crise instalada”, disse.
Edição: Davi Oliveira
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