Hospital em Brasília atende a 370 pessoas em mutirão contra o câncer de pele

24/11/2012 - 13h08

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Com manchas na pela há cerca de dez anos e um nódulo no nariz há dois anos, a aposentada Maria Francisca Neves, 75 anos, aproveitou um mutirão de dermatologistas voluntários para consultar um médico sobre os problemas. O mutirão foi organizado para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele.

Maria Francisca estava entre as cerca de 370 pessoas que devem ser atendidas hoje (24) pelos dermatologistas no Hospital Regional da Ceilândia, cidade mais populosa  do Distrito Federal, a 30 quilômetros de Brasília.

Os dermatologistas contam com a estrutura do hospital público para atender aos pacientes e fazer pequenas cirurgias. Casos mais complexos são encaminhados para o agendamento de cirurgia plástica. O mutirão é realizado todos os anos em cidades diferentes do Distrito Federal e hoje vai até as 15h.

A aposentada contou que pediu consulta com dermatologista na rede pública há dois anos, mas nunca foi chamada para o atendimento. Ela aproveitou o evento para fazer a consulta e vai retirar o nódulo no nariz, que segundo ela, coça e dói. “Soube na televisão do evento. Agora vou conseguir ser atendida”, disse.

A coordenadora do Programa de Câncer da Sociedade Brasileira de Dermatologista no Distrito Federal (SBD-DF), Vanessa de Freitas, disse que, geralmente, as pessoas carentes acabam postergando a ida ao médico, quando percebe algum problema. “Vemos muitos casos de câncer já avançado na população carente”, destacou.

A dermatologista ressalta que pessoas com pele e olhos claros têm maior risco de câncer de pele. Ela disse ainda que é importante prestar atenção a qualquer lesão que cresça e sangre ou a ferida diferente. “Tem que ser checado se é caso de câncer. E só o dermatologista pode reconhecer”, enfatizou.

A prevenção do câncer de pele inclui evitar exposição excessiva ao sol, usar filtro solar, chapéus, sombrinhas e camisas com manga. Venessa de Freitas lembra que crianças também devem usar protetor solar infantil e evitar excesso de exposição ao sol. “A radiação é acumulativa [ao longo da vida]. Quanto mais a pessoa se queima com o sol, mais chances de ter câncer de pele”, destacou.

A dermatologista lembra, no entanto, que é o excesso de exposição ao sol que faz mal e que as pessoas precisam dos raios solares para obter vitamina D.

Edição: Davi Oliveira