Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – As quatro urnas que serão submetidas à votação paralela, processo de auditoria externa que verifica o funcionamento correto dos programas inseridos nestes equipamentos eletrônicos, foram sorteadas na manhã de hoje (27) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A cerimônia, conduzida pelo juiz auxiliar da presidência do tribunal, Fábio Porto, foi acompanhada por representantes de partidos políticos, auditores externos e pela Polícia Federal.
Em Niterói, foram sorteadas duas urnas, que seriam instaladas na 89ª Seção da 140ª Zona Eleitoral e na 87ª Seção da 71ª Zona. As outras urnas são da 30ª Seção da 159ª Zona Eleitoral, em Nova Iguaçu, e da 56ª Seção da 87ª Zona, em São Gonçalo, municípios onde também haverá o segundo turno das eleições municipais neste domingo (28).
Agentes da Polícia Federal foram aos três municípios para retirar as urnas sorteadas, que já estavam prontas para a votação de amanhã (28). Elas serão trazidas para a sede do TRE-RJ, no centro do Rio, e substituídas por outras urnas nas respectivas seções de votação.
Ainda hoje, as urnas eletrônicas serão instaladas no ambiente da votação paralela, ao lado de quatro urnas de lona. Depois que cada uma delas receber 500 cédulas de votação manual, preenchidas por representantes de partidos políticos, as urnas de lona serão lacradas.
A partir das 8h de amanhã as urnas de lona serão abertas, para que os votos manuais sejam digitados nas quatro urnas eletrônicas correspondentes. Às 17h, no mesmo horário de encerramento na votação, será feita a apuração das urnas de lona e a totalização das urnas eletrônicas, para que os resultados sejam comparados.
De acordo com o juiz Fábio Porto, a votação paralela “é um processo fundamental para confirmar a inviolabilidade da urna eletrônica e demonstrar que todo o sistema é confiável”. Os programas inseridos em todas as urnas do estado são exatamente iguais, e a correspondência entre a contagem dos votos manuais e a totalização informatizada comprova, segundo o TRE, a ausência de qualquer desvio ou fraude eletrônica.
Edição: Nádia Franco