Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Empresas concessionárias de 14 usinas geradoras de energia elétrica não pediram a prorrogação de suas concessões. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a solicitação deveria ser feita até ontem (15). A manifestação ou não de interesse faz parte do cronograma de trabalhos para redução tarifária, proposta pelo governo, como prevê a Medida Provisória (MP) 579. De acordo com a Aneel, 109 usinas manifestaram intenção de prorrogar suas concessões.
Não se manifestaram por continuar com a concessão as usinas Cachoeira da Fumaça (da concessionária Usina Jaciara), Jaguaricatu 1 (da concessionária Sengés Papel e Celulose), Salto Grande (Companhia Volta Grande de Papel), Jaguaricatu 2 (Sergés Papel e Celulose), Jaguara (Cemig), Cachoeira do Fagundes (Companhia Têxtil Ferreira Guimarães), São Joaquim (Copel), São Simão (Cemig), Itatinga (Companhia Docas do Estado de São Paulo), Catete (Energisa Nova Friburgo), Xavier (Energisa Nova Friburgo), Maurício (Zona da Mata Geração), Pitinga (Mineração Taboca) e Miranda (Cemig).
Segundo o entendimento do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, as empresas do setor elétrico que optaram por não renovar suas concessões públicas para geração, distribuição ou transformação de energia poderão participar da licitação que irá definir os novos concessionários. Pelas regras da MP, as atuais concessionárias tinham prazo até segunda-feira (15) para manifestar o interesse em renovar os contratos por até 30 anos.
“Do ponto de vista do concessionário, ele pode aderir ou não ao modelo [de renovação]. Ele pode evidentemente, no caso de não aceitar, participar da disputa de uma licitação em relação a esta energia ou a este serviço que não vierem a ser prorrogados por opção deles. Se escolherem a prorrogação, vão se submeter à finalidade última desse projeto que é reduzir o custo da energia”, disse Adams.
A lista das usinas que manifestaram interesse nas prorrogações é um balanço parcial e pode receber acréscimos, segundo a Aneel.
Edição: Aécio Amado